8 dicas para escolher com segurança um aquecedor de água a gás

Nada melhor do que ter um chuveiro e pontos de torneira com água bem quente em casa, não é mesmo?

Por isso, a escolha do aquecedor de água a gás é decisiva para garantir esse conforto e a eficiência desejada.

Confira as dicas!

  1. Tipos de gás

Segundo Alexandre Nunes, professor de Engenharia Elétrica da Universidade Cruzeiro do Sul, a escolha entre gás liquefeito de petróleo (GLP) e natural (GN) é um dos primeiros passos importantes.

“O GLP é armazenado em botijões e pode ser mais prático em áreas onde o GN não está disponível. Por outro lado, o GN é fornecido por uma rede de distribuição, o que elimina a necessidade de recarga,” explica.

  1. Tipos de aquecedor

A diferença entre os aquecedores a gás de passagem e por acumulação é como a água é aquecida.

  • Aquecedores de passagem

“Este tipo aquece a água instantaneamente conforme ela passa pelo equipamento, sem a necessidade de reservatório. São compactos e adequados para uso contínuo,” descreve Alexandre.

Segundo a arquiteta Sabrina Salles, esse processo acontece à medida que a água por uma serpentina que fica à volta de uma câmara de combustão, onde a chama fica acessa.

“Quando se abre a torneira ou o chuveiro, a água sai do aquecedor e a chama é acionada. O tempo de espera para a água quente chegar depende da distância que o aquecedor fica do local de uso, mas não é longo”, explica a arquiteta.

  • Aquecedores por acumulação

Em contraste, os aquecedores por acumulação mantêm a água aquecida em um reservatório, que, segundo Alexandre, são ideais para locais com alta demanda simultânea, mas ocupam mais espaço e podem resultar em custos energéticos mais elevados.

Isso porque, conforme descreve Sabrina, é preciso manter a água aquecida, mesmo quando a ducha ou a torneira não estiverem sendo utilizadas.

“A temperatura da água reservada é controlada através de um termostato, mantendo-a previamente estabelecida. Este tipo de aquecedor é uma boa opção também para quem deseja um banho com mais conforto”, observa.

  1. Sistema mecânico ou digital

A escolha entre sistemas mecânicos e digitais também influencia o desempenho do aquecedor.

Conforme Paulo Rui de Oliveira, coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Cidade de S. Paulo (UNICID), o sistema digital é mais eficiente para manter a temperatura da água em torno da programada e tem um tempo de resposta mais rápido.

“Apesar de mais caros e complexos, garantem maior conforto”, diz Sabrina.

Enquanto isso, sistemas mecânicos são mais simples e baratos, mas oferecem menos precisão no controle da temperatura.

“O controle da temperatura é manual e pode variar. Por outro lado, são mais duráveis e fáceis de reparar”, compara a arquiteta.

  1. Sistema por ignição elétrica ou por pilha

Paulo esclarece que ignição elétrica e por pilha não afeta significativamente o desempenho do aquecedor, mas a escolha pode depender da disponibilidade de energia elétrica no local.

“A ignição elétrica é mais comum em modelos modernos, enquanto a por pilha é útil em áreas sem sistema de eletricidade, mas requer troca periódica de pilhas”, avisa.

  1. Capacidade de litros

A capacidade do aquecedor deve ser selecionada com base na demanda de água quente da residência.

“Um chuveiro pode ter uma vazão entre 2 e 25 litros por minuto. A escolha deve ser feita com base na quantidade de pontos de uso simultâneos,” aconselha Paulo.

Segundo Sabrina, antes de selecionar o aparelho, o ideal é considerar os seguintes pontos:

  • número de pessoas na residência: quanto mais pessoas, maior a demanda por água quente.
  • hábito de consumo: se a família costuma tomar banhos longos ou usar a água quente com frequência, a demanda será maior.
  • número de pontos de uso: a quantidade de chuveiros, torneiras com água quente e outros pontos de consumo influencia na capacidade necessária.
  1. Eficiência energética

Sabrina explica que a classificação de eficiência energética indica o quanto o aquecedor converte o gás em energia térmica.

“Quanto maior a classificação, menor o consumo de gás”, diz ela.

Segundo Alexandre, esta classificação impacta diretamente o consumo de gás.

“Modelos com classificação A consomem menos gás e resultam em economia significativa a longo prazo”, avalia.

Além disso, o professor da Universidade Cruzeiro do Sul afirma que a potência do aquecedor deve ser adequada à necessidade específica de água quente.

“Maior potência indica maior capacidade de aquecimento, mas o consumo de gás também depende da eficiência do aparelho e do uso,” explica.

Desta forma, Sabrina conclui que a escolha de um modelo com alta eficiência energética é importante para reduzir custos com gás e contribuir para a sustentabilidade.

  1. Dispositivos de segurança

A segurança é uma preocupação vital. Os profissionais afirmam que o aparelho deve conter dispositivos para garantir um funcionamento seguro, tais como:

  • sensor de chama: desliga o aparelho se a chama se apagar.
  • válvula de segurança: corta o gás em caso de falhas.
  • sistema de exaustão: garante a correta ventilação, evitando o acúmulo de gases nocivos.
  • termostato de segurança: desliga o aparelho se a água atingir temperaturas muito altas.
  • sensor de gás de CO²: para evitar vazamentos e possíveis intoxicações
  1. Tamanho

Segundo Sabrina, não existe uma relação direta entre o tamanho do aquecedor e a metragem do local.

“Seu tamanho depende da sua capacidade e potência, e não da área a ser aquecida”, explica.

Para Paulo, o tamanho do aquecedor deve ser escolhido segundo as especificações do fabricante e as recomendações para a instalação em local ventilado.

“As dimensões do aparelho devem ser observadas nas orientações técnicas contidas no manual de instalação”, orienta ele.

Além disso, é importante optar por serviço especializado para sua instalação e manutenção.

Você está mais preparado para escolher seu aquecedor de água a gás?

———
Fonte: Casa e Jardim


Deixe um comentário