Sistemas tecnológicos de energia solar para aquecimento da água são uma importante iniciativa para auxiliar na preservação do meio ambiente
Unir tecnologia com sustentabilidade para gerar economia (de dinheiro e de energia!) e contribuir com a recuperação da natureza: esses são os principais objetivos do Sistema de Aquecimento Solar. De acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente (MMA), cuja missão é promover a adoção de estratégias para o uso sustentável dos recursos naturais, a energia proveniente do sol é não poluente e inesgotável, além de ser considerada uma alternativa promissora para vencer os desafios da expansão da oferta energética.
Cenário nacional e mundial
As pesquisas sobre o uso de fontes de energia renováveis são realizadas no Brasil desde a década de 1960. De acordo com dados de 2016, divulgados pela agência alemã Sol Rico, o país teve um crescimento de 8% entre os anos de 2010 e 2015, ficando em terceiro no ranking internacional de aquecedores solares – atrás, apenas, da China e da Turquia.
Essas informações vão ao encontro da constatação do Departamento Nacional de Energia Solar Térmica (Dasol) de que o papel do aquecimento solar é indiscutivelmente reconhecido no Brasil como medida efetiva de eficiência energética. As últimas pesquisas, realizadas em 2015, apontam que aproximadamente seis milhões de residências brasileiras já dispõem do equipamento.
Energia solar na construção civil
No ramo da construção civil, a qualidade e a localização do empreendimento aliadas à preocupação com o meio ambiente são, cada vez mais, fatores imperativos para atrair novos moradores.
Fábio da Silva, da Tecnosol – empresa jaraguaense que atua na fabricação de coletores solares, explicou em entrevista para o Blog Proma, em 2014, que o aquecimento solar é ecologicamente correto, sendo uma das principais iniciativas sustentáveis que garantem o retorno do investimento em até 36 meses – tanto em condomínios residenciais, quanto em casas, clubes e hotéis. “Um aquecedor solar é uma mini usina com capacidade para produzir energia em forma de água quente no local onde será consumida. Ao mesmo tempo em que capta, armazena. Todo o sistema é composto por coletores, reservatório térmico, tubulação própria, além de um sistema de aquecimento auxiliar para dias chuvosos, que pode ser elétrico ou a gás”, esclarece Silva.
Os aquecedores solares podem ser usados em qualquer lugar em que há a necessidade de água quente e existem duas linhas: sistemas para água de consumo – chuveiros, banheiras de hidromassagem, torneiras de cozinhas e lavanderias – e para piscinas. Na maior parte das cidades brasileiras – como é o caso de Jaraguá do Sul –, em ambos os casos a tecnologia do aquecimento solar aproveita a energia proveniente do sol e, no caso do sistema de água para consumo, a temperatura chega a aproximadamente 70°C no verão e 50°C no inverno. Silva esclarece, no entanto, que podem ocorrer variações conforme a cidade, a tecnologia empregada, as condições climáticas e de instalação.
É importante salientar também que o aquecedor funciona em dias nublados, atuando, porém, com menor intensidade. “O sistema permite que, mesmo em regiões frias, como as do Sul, haja uma grande economia. Estima-se que, em média, por meio dos aquecedores solares têm-se água quente gratuita durante 75% do ano proveniente de uma fonte de energia renovável, não poluente e abundante no país”, assegura Silva.
Não se esqueça!
Além de ser uma tecnologia sustentável que gera equilíbrio energético e economia de 50% na conta de energia, outros atributos positivos também justificam o uso de aquecedores solares: retorno do investimento em até 36 meses, valorização do imóvel, conforto, custo baixo de manutenção e durabilidade (a vida útil de um aquecedor solar ultrapassa 20 anos e 95% dos componentes podem ser reciclados).
Proma: um case de sucesso
Em Jaraguá do Sul, a Proma Construções e Negócios, dentro da própria política de qualidade, já prevê a inclusão de projetos sustentáveis. “Quatro dos nossos empreendimentos – Piemonte, Vernon, Villeneuve e, agora, o Lumina Residence, possuem diversos itens de sustentabilidade, que vão desde o aproveitamento da água da chuva até o aquecimento de 65% a 70% da água, em média, por meio da energia de placas solares”, afirma o engenheiro Paulo Obenaus, diretor da construtora.
Entre as iniciativas sustentáveis das obras da Proma, destaca-se também a iluminação natural nos apartamentos por meio de janelas que vão do piso ao teto, o comando de luzes de áreas comuns com sensores de movimento e fotocélula, além da iluminação dos jardins com lâmpadas de LED (mais duradouras, eficientes e econômicas).
O Lumina Residence – empreendimento que está localizado no bairro Vila Nova, com entrega para 2018 –, além de possuir uma infraestrutura totalmente planejada e preparada para receber placas fotovoltaicas, também conta com tomadas para a alimentação dos carros elétricos. “Todos os projetos que nascem dentro do escritório de arquitetura da Proma estão indo, cada vez mais, ao encontro de uma cultura sustentável por meio do aprimoramento de estratégias e ações que visam o cuidado e a preservação do meio ambiente”, explica Obenaus.
O engenheiro destaca, ainda, que os indicadores da Proma também contemplam a construção da obra a partir de uma gestão de processos de construção enxuta para minimizar a perda de mão de obra, evitar desperdícios de material, fazer uso da água da chuva e destinar (ou reaproveitar) corretamente os entulhos. “Nesse sentindo, acho importante salientar que, ao mesmo tempo em que o empreendedor deve ter essa preocupação, a própria sociedade precisa criar o hábito de absorver todos esses itens sustentáveis e colocá-los em prática no dia a dia”, finaliza Obenaus.
Curiosidade!
Durante um ano, por exemplo, cada metro quadrado de coletor solar instalado para aquecer a água – tendo em vista que o chuveiro é um dos principais responsáveis pelo alto consumo de energia elétrica – equivalem a 56 metros quadrados de áreas inundadas (hidrelétricas), 215 quilos de lenha, 66 litros de diesel e 55 quilos de gás.