Para especialistas, os investimentos imobiliários são a forma mais rentável e segura para aplicar o dinheiro
Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgados recentemente pela Revista Exame, mostram que, pela primeira vez desde o início do Plano Real, o rendimento obtido com um imóvel alugado é maior do que o de títulos públicos atrelados à inflação. Para os especialistas, comprar um imóvel para alugar ou vender se tornou um negócio ainda melhor com a queda dos juros, a segurança financeira e o aquecimento do mercado imobiliário.
De acordo com o avaliador imobiliário Clésio Alano de Carvalho, que atua como conselheiro estadual efetivo do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Creci/SC) e integra o Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci/DF), no ano passado o índice médio do retorno financeiro das pessoas que investiram em imóveis foi de 16,5% ao ano. “Um imóvel adquirido por R$ 200 mil em 2012, por exemplo, pode ser vendido hoje por aproximadamente R$ 240 mil”, explica.
Para 2013, a expectativa é que o mercado cresça e siga os índices de 2009 e 2010, cuja valorização de 25% a 30% a cada 18 meses foi o ápice do mercado dos últimos dez anos. “Estamos retornando novamente a um crescimento substancial, visto que as vendas já atingiram um fluxo positivo no primeiro trimestre deste ano. O mercado imobiliário está confiante – isso se deve à economia estável, aos créditos oriundos de agentes financeiros, mas, principalmente, à segurança alcançada pelos investidores ao longo da história do mercado imobiliário brasileiro. Quem investe em imóveis, sempre obtém lucros”, afirma Carvalho.
Carvalho esclarece que as retroações de um ano para o outro podem acontecer, mas a valorização dos imóveis sempre é maior do que em outros tipos de investimentos financeiros – desde que adquiridos com empresas com credibilidade e histórico comprovado. Para o avaliador, o grande ápice da relação “bom investimento versus a realização de um sonho” está na confiabilidade adquirida pelos investidores no decorrer dos anos diante da oferta e da procura. “A lucratividade é certa para quem emprega seu capital em imóveis”, assegura.
Do mesmo modo, Nestor Schulte, consultor de investimentos na área imobiliária, esclarece que o investidor que tem o dinheiro na caderneta de poupança tem um lucro mensal de 0,5 % ao mês e esse valor sofre constantes variações, para mais ou para menos. “Às vezes nem chega a isso. Já em um imóvel que gera locação, por exemplo, tem-se, além da valorização do próprio imóvel, um ganho real de 0,5% a 0,6% ao mês”, pontua.
Quem compra terra, nunca erra
Os especialistas são unânimes em afirmar que investir em imóveis é, com certeza, a forma mais segura e rentável para aplicar o dinheiro e aumentar o patrimônio. Para Carvalho, o ditado popular “quem compra terra, nunca erra” é culturalmente conhecido e reflete a solidez dos investimentos imobiliários. “Embora a frase seja antiga, sempre esteve associada a um porto seguro, cuja interpretação também acentua o aspecto da valorização financeira contínua”, observa.
Nesse sentido, Carvalho explica que outra vantagem dos investimentos imobiliários está ligada ao coeficiente de risco, que é muito baixo na compra de imóveis. “Em uma compra bem feita, é improvável que o investidor perca dinheiro”, assegura. Schulte esclarece que não é possível considerar um índice padrão de lucro para Santa Catarina, mas, assim como Carvalho, garante que investir em imóveis é sempre rentável. “Depende da valorização imobiliária do município e, hoje em dia, principalmente do bairro. Jaraguá do Sul, por exemplo, por estar em progressivo desenvolvimento, é apontada como uma das cidades catarinenses em que as pessoas mais estão pensando em comprar imóveis”, afirma.
Hoje com 143 mil habitantes, Jaraguá do Sul é, na visão de Schulte, um município propício a investimentos, pois possui um comércio desenvolvido, está próximo de grandes centros e é sede de empresas multinacionais. O cenário de facilidades que chama a atenção dos investidores também é completado pelo Plano Diretor, instrumento que orienta a política de desenvolvimento e de ordenamento da expansão urbana do município. BOX
Cuidado!
Os dois profissionais são unânimes ao afirmar que é preciso ter cautela na hora da compra. “Devemos exigir profissionais credenciados, que saibam compreender qual é o perfil do investidor/cliente. Faz-se necessário averiguar a credibilidade da empresa, o conhecimento técnico e o histórico construtivo. Mexemos com os sonhos das pessoas e isso nos mostra que temos que ter responsabilidade, cautela e qualificação profissional de excelência”, alerta Carvalho. Para Schulte, outros dois fatores também merecem atenção: a legalidade do imóvel e da empresa (veja se a documentação está em dia) e as características da cidade onde você vai investir (tem locais em que a tendência de valorização é bem maior).