Você quer transformar a sua residência, mas sem perder muito tempo? Então escolha dois tipos de piso: o laminado e o vinílico.
“Ah, mas eu não sei qual escolher?
Como posso saber qual é o revestimento correto para cada ambiente?”
Calma, calma! Nós separamos uma matéria que vai esclarecer todas as suas dúvidas.
Do que cada um é feito?
O piso vinílico é feito com cloreto de vinila, ou PVC. O material vem em placas, réguas ou mantas. Já o laminado é composto por camadas de materiais derivados da madeira, como aglomerado e painel de madeira de alta densidade (HDF). A camada superior recebe uma estampa decorativa, impregnada com resina. O revestimento vem em réguas; pode ser instalado por encaixe ou cola sem cheiro.
Vantagens
O piso vinílico abafa ruídos de passos e ajuda a conservar a temperatura dos ambientes. Como é protegido por resina de poliuretano, mancha muito pouco e é antialérgico. E não faltam opções de estampas! O produto pode ter desde cores vibrantes à aparência discreta. “Os fabricantes reproduzem o visual da madeira com tamanha perfeição que fica difícil distinguir”, conta a arquiteta Ana Cristina Tavares, do escritório KTA.
O laminado é muito fácil de instalar: no dia seguinte já é possível usá-lo. Em caso de mudança, pode ser desmontado e levado para a nova casa. “Ele é considerado flutuante, por isso o contrapiso não precisa estar tão nivelado quanto no caso do vinílico”, acrescenta Bianka. A durabilidade também é alta – varia de 5 a 16 anos.
Pontos fracos
O vinílico risca se a abrasão for grande – como no caso de uma geladeira sendo movida. Seu pigmento também se desbota com o sol. Além disso, o piso suporta água, mas não pode ser submerso. Por isso, é bom evitá-lo em áreas externas e cômodos inundáveis, como banheiros e cozinhas. “Para esses ambientes, temos revestimentos que se comportam melhor, como as cerâmicas e porcelanatos”, conta a designer de interiores Bianka.
Já o laminado propaga sons facilmente. “Pra evitar o toque-toque do sapato é preciso cobrir o contrapiso com manta acústica”, explica Bianka. Muito liso, o piso dificulta a vida dos animais de estimação, que acabam deslizando. Devido ao seu miolo de madeira, o material não pode ser coberto com água – quem derramar qualquer líquido precisa secar logo. Por fim, é preciso instalar feltro nos pés dos móveis e usar rodízios de polietileno.
Instalação
O vinílico só funciona bem com um contrapiso seco, limpo e rigorosamente nivelado. Para criar essa superfície, a melhor maneira é aplicar uma massa niveladora, composta por cola e cimento. Com a mistura é possível aplicar o piso sobre superfícies não tão lisas, como cerâmica ou pedras polidas. O passo seguinte é colar ou encaixar o revestimento e esperar secar. É uma má ideia instalar o vinílico sobre materiais que podem apodrecer, como madeira e laminado. Dica: contrate um instalador experiente, capaz de avaliar o contrapiso e indicar correções.
O laminado também precisa de um contrapiso seco, limpo e nivelado, mas aceita variações de até 3 mm a cada 1,5 m de extensão. Por isso, pode cobrir pedra, concreto e cerâmica, desde que a superfície receba uma manta regularizadora, feita dos plásticos polietileno ou poliuretano. O produto pode ser instalado com cola ou com sistema de encaixe. É preciso deixar um espaço de dilatação entre as bordas do piso e a parede. E também vale à pena contratar um instalador, que pode avaliar o contrapiso.
Limpeza
O piso vinílico resiste a manchas e à proliferação de bactérias. No dia a dia, basta varrer com uma vassoura de pelo ou passar um rodo com pano umedecido. Se quiser uma limpeza mais profunda, use tecido com água e sabão neutro.
Limpe o laminado com aspirador de pó ou vassoura de cerdas suaves passados no sentido das réguas – mas cuidado para não raspar a superfície. Depois passe um pano úmido com sabão neutro (lembre de torcer bem). Manchas exigem detergente e álcool. Tinta, verniz e graxa saem com querosene, tíner ou aguarrás.
Em quais ambientes instalá-los?
O piso vinílico funciona bem em áreas internas que não recebam sol intenso. “Gosto de usar em quarto de crianças, especialmente as alérgicas, devido à facilidade de limpeza”, conta a designer de interiores Bianka. “Também o instalo em ambientes que precisam de mais conforto térmico, como o escritório em casa”, acrescenta. “O piso é imbatível quando se quer reformar um ambiente rapidamente ou se deseja um revestimento fácil de instalar e de manter”, acrescenta Ana Cristina, da KTA.
O laminado vai bem em áreas secas e com temperatura amena, que exigem um pouquinho mais de sofisticação. “Eu usaria em quartos, salas, além de áreas como escritórios domésticos”, conta Bianka. “Evitaria em um corredor, pois o som do sapato pode incomodar”, finaliza.
Quanta informação interessante e relevante para ajudar você, leitor, a escolher o revestimento ideal para cada ambiente 🙂
Fonte: Casa Claudia