Atualmente, a matriz energética brasileira é sustentada, em sua maioria, pelas geradoras hidrelétricas e termoelétricas, que causam impacto no meio ambiente, possuem alto custo de geração e envolvem muitas perdas energéticas.
Para tentar reverter – ou ao menos amenizar – este crítico cenário, alguns consumidores são adeptos à energia fotovoltaica, que utiliza uma fonte limpa para a geração de energia: o sol.
A geração fotovoltaica busca sustentabilidade (clique aqui para saber mais) ao utilizar uma fonte limpa de geração de energia, trazer uma energia mais barata e, principalmente, otimizar a geração de energia na matriz energética brasileira.
Confira abaixo todos os detalhes sobre o assunto, esclarecidos por Rafael Xavier, coordenador comercial da Blue Sol Energia Solar, empresa que desenvolve e instala sistemas fotovoltaicos.
Quais as diferenças entre produção de energia e aquecimento?
A diferença primordial é a fonte de geração. Enquanto o aquecimento se utiliza do calor do sol para esquentar a água que será utilizada, a produção de energia se dá pela luz, portanto, mesmo em dias nublados e frios, o sistema fotovoltaico gera energia. Já no modo prático, enquanto o aquecedor economiza a energia utilizada para aquecer a água, o sistema fotovoltaico economiza energia de todos os aparelhos da casa.
Quais os pré-requisitos para que a casa possa produzir energia fotovoltaica?
A casa precisa de cerca de 18 m² sem sombreamento constante e ser atendidA por uma concessionária distribuidora de energia.
É possível produzir esta energia em um apartamento?
Em apartamento é somente possível quando há instalação de um sistema para geração de energia visando a área social do prédio, onde os moradores verão sua economia na conta de condomínio ou, no caso de apartamentos na cobertura, após comum acordo com o restante dos condôminos. No entanto, caso o proprietário possua uma casa que tenha a conta de luz vinda no mesmo nome do que a do seu apartamento, e atendida pela mesma concessionária distribuidora de energia, é possível instalar um sistema nesta casa e a energia gerar créditos energéticos para os dois imóveis.
Onde instalar o equipamento?
Recomenda-se a instalação no telhado, de preferência com uma inclinação entre 15° e 20º, dependendo da região, e quanto mais próximo da orientação norte, melhor.
Como escolher o equipamento?
Priorize marcas com bom histórico de mercado. Em relação aos módulos que compõem o painel solar, hoje, a mais atuante e que já conta com fábrica no Brasil é a Canadian Solar. No caso dos inversores, são fortes as presenças da austríaca Fronius e da espanhola Ingeteam.
Há linhas de financiamento?
Hoje, a maior parte das linhas de financiamento existentes contemplam apenas pessoas jurídicas. Mas, uma alternativa foi lançada há pouco tempo: o Consórcio de Energia Solar. Funciona como um consórcio de automóvel ou de um imóvel: reúne grupos de pessoas interessadas na aquisição de sistemas fotovoltaicos e mensalmente os integrantes efetuam o pagamento das parcelas previamente acertadas. Todo mês dois cotistas serão contemplados, respectivamente, com uma carta de crédito para a aquisição dos sistemas. Um por meio de sorteio e o outro por lance. O mais interessante: um consórcio que não gera despesas adicionais, uma vez que basta a instalação para começar a economizar.
Qual o preço?
Um sistema de qualidade custa a partir de R$ 15.000,00 com todos os custos inclusos. No entanto, por se aproximarem mais do padrão de consumo energético de seus clientes, o investimento médio é de R$ 30.000,00 para uma geração confortável de energia, para uma conta de luz de aproximadamente R$ 400,00 (valor que pode variar por região e por distribuidora).
Quanto tempo dura um equipamento?
Os módulos têm vida útil estimada entre 25 e 30 anos para uma geração aceitável de energia. Inclusive, todos do mercado têm, atualmente, garantia de fábrica de 25 anos para geração de pelo menos 80% de seu potencial. Os inversores, por sua vez, têm uma vida estimada entre 12 e 15 anos, necessitando sua troca na metade do tempo de duração de um sistema.
Em quanto tempo ele “se paga”?
Hoje, um sistema solar residencial se paga entre quatro e seis anos, portanto, se levarmos em consideração os seus 30 anos estimados de funcionamento, teremos entre 24 e 26 anos de pura economia.
Como funciona a produção de energia?
A energia é produzida pelo contato da luz com os módulos fotovoltaicos. Ela é levada até o inversor, que transforma esta energia naquela que utilizamos em nossos eletrodomésticos, e jogada em nossa rede. Por isso, estas duas partes (módulos e inversor) são o coração do sistema.
E o armazenamento?
A energia gerada desta forma tem uma fração consumida na hora e seu excedente enviado para a rede da distribuidora, que fornece créditos para a unidade consumidora abater na sua conta de luz. À noite, a geração de energia é interrompida pela falta de luz, e estes créditos gerados durante o dia são utilizados para o abatimento da energia consumida no período. Os sistemas têm sua potência calculada de modo que o cliente pague apenas a taxa de disponibilidade. Esta compensação de créditos é feita de maneira automática na hora da emissão da conta de luz. Portanto, tecnicamente não há “armazenamento” de energia. O excedente é transformado em créditos junto à distribuidora e convertido em economia para o proprietário do sistema.
Interessante, não é mesmo? Precisamos, cada vez mais, pensar no bem-estar do planeta para nós e para o futuro das próximas gerações.
Fonte: Casa e Jardim
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