Pesquisadores em todo mundo apontam resultados promissores no uso de células-tronco para fins estéticos e dermatológicos. O principal deles é que, por meio de estimulações do material genético, o uso da terapia tem despontado como alternativa para combater os efeitos da idade, graças ao estímulo da produção de colágeno da pele.
Resultante da estimulação celular, a produção da substância acontece durante os processos de coagulação e cicatrização, provocando melhoras no aspecto da cútis. Mas os benefícios não acabam aí. Recentes estudos demonstraram resultados positivos no uso das células-tronco adultas como cicatrizantes e no combate a algumas doenças da pele.
Por essa razão, Denise Steiner, doutora em Dermatologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), diz que a expectativa da classe médica é justamente a de que a eficácia da terapia não se limite à ação antienvelhecimento, mas que seja capaz de combater, também, problemas de cicatrização, distúrbios pigmentares como vitiligo e alopecias (queda de cabelos), conforme estudos já vêm provando.
“O uso de células-tronco em todas as áreas da Medicina, inclusive para tratamentos dermatológicos estéticos, ainda vai trazer enormes avanços no entendimento de várias doenças e na recuperação de tecidos e órgãos que não seria possível anteriormente”, acredita.
Otimista, a médica diz que, no futuro, como complemento à técnica que usa células provenientes do sangue de cordão umbilical ou placenta, também se analisará a eficácia da aplicação de fatores de crescimento em injeções intradérmicas, responsáveis pela melhora cutânea.
Testes clínicos
Apesar das possibilidades que se abrem para o uso da terapia para fins estéticos e dermatológicos, ainda existe um longo caminho para que os tratamentos se tornem acessíveis à população. “Aparentemente, o uso é promissor, porém muitas pesquisas ainda são necessárias para que técnicas possam ser utilizadas nos consultórios diariamente”, revela a pesquisadora.
Vale lembrar que já existem cosméticos comercializados com componentes a base de células-tronco vegetais, que agem como estimuladores do tecido atuando de forma direta na divisão celular e prometendo uma ação antienvelhecimento. “Contudo, tais produtos requerem avaliação em longo prazo, para que possamos julgar sua utilidade e eficácia sobre a pele”, ressalta a médica.
Fonte: Agência Hélice – Especial para o Terra