O sonho que surgiu da necessidade

Nilo Willemann, mestre de obras do Milano Residenziale, fala sobre os tempos de garoto, os desafios diários e a rotina na Proma, empresa que o acolheu há 19 anos

O sorriso largo e sincero tenta esconder a timidez. Calmo, não hesita em pensar antes de responder – é preciso relembrar o passado e buscar nas lembranças de uma infância difícil, mas feliz, o respaldo para as afirmações que sustentam o momento presente. Nilo Willemann nasceu no dia 14 de novembro de 1970, em Rio do Oeste, cidadezinha do Alto Vale do Itajaí colonizada por italianos. Mas não é nessa nação que estão as suas raízes – o pai Valdemiro, de origem alemã, casou-se com Natalia, de ascendência polaca, e, juntos, tiveram quatro filhos: Valcir, Nilo, Janete e Neri.

A família, para Nilo, é sinônimo de felicidade. Não há, na vida, nada melhor do que a união, os laços de afeto e o apoio. “Com eles por perto fica mais fácil encarar a realidade”, fala, com carinho. E é com o mesmo sentimento que ele recorda-se dos tempos de menino. Jogar bola com os vizinhos num campinho do bairro e fazer os próprios carrinhos com rodas de madeira para descer nos morros estavam entre as diversões preferidas – mas, somente nos sábados e domingos. Durante a semana o dia dividia-se entre ir à escola de manhã e ajudar na roça durante a tarde. A plantação de milho, feijão e aipim era o que garantia o sustento e inspirava o desejo de menos sacrifício.

A crise na agricultura, no entanto, tornara escasso o dinheiro do dia a dia e foi em 1992 que a família Willemann mudou-se para Jaraguá do Sul – o município era conhecido pelas promessas de uma vida melhor. Por que não tentar? É com brilho no olhar e voz firme que se recorda, sem pestanejar, do dia 8 de março de 1994 – são 19 anos de gratidão à Proma e amor ao trabalho: Nilo é o terceiro colaborador mais antigo. Por vontade própria, o garoto que só tinha a quarta série do primário concluiu o ensino médio e, por incentivo da construtora, tornou-se técnico em edificações. Segundo ele mesmo afirma: a necessidade levou ao sonho. “Precisava aliar o conhecimento prático com a teoria para fazer um trabalho bem feito”.

Hoje, como mestre de obras do Milano Residenziale, 70° empreendimento da Proma, a rotina de Nilo começa pouco depois das seis da manhã. “Não tinha ideia da grandeza que era trabalhar na construção civil. É um ramo que se destaca e me enche de orgulho, porque não existe sentimento parecido quando você vê a obra que está ajudando a construir ganhando cor – dia após dia ela vai mudando, ficando diferente, mais bonita. Me sinto assim com o Milano e foi a mesma sensação quando fui mestre de obras do Saint Tropez Residence. Amo o que eu faço”, explica. Nas horas livres, o tempo é preenchido com os livros – o que mais gostou foi “O segredo”, da escritora australiana Rhonda Byrne. Atualmente, está lendo “Filhos inteligentes enriquecem sozinhos”, de Gustavo Cerbasi.

Falando em filhos, o sonho de constituir uma família e ser pai é o que o move – Nilo quer deixar para um filho um legado de honestidade, competência e amor à profissão. “Ah, e uma camisa do Flamengo”, exclama. Um medo? Mais tranquilo, finaliza: “Arriscar. Por vezes falta coragem, porque sair da zona de conforto não é missão das mais fáceis”.

 


Deixe um comentário