Uma chance a mais

Ademar Fernandes, quinto colaborador mais antigo da Proma, fala sobre o acidente que o faz perseguir o futuro com mais coragem, fé e determinação

No dia 11 de agosto ele comemorou o 51º aniversário – olhando para o alto, conclui que percorreu um bom caminho até aqui. Homem de palavras poucas e sorriso envergonhado. Primeiro pensa bem na tentativa de rememorar os acontecimentos para, só então, contar aos poucos a história da sua vida. Recorda-se dos momentos com o semblante sereno – nem tudo é lembrado com detalhes, principalmente os anos em que os fatos aconteceram. “Pretendo viver o dobro desse tempo. Com fé em Deus a gente chega lá”, diz, por fim.

Ademar_Fernandes

Ademar Fernandes é católico. É a Deus que ele agradece todos os dias pelo dom da vida. E, quando se passa por um susto, a fé aumenta ainda mais – às vezes, o porquê não se revela no instante, mas proporciona momentos a mais de reflexão. Faz 12 anos que um atropelamento o deixou três dias em coma e com algumas cicatrizes. “Quem somos nós se não tivermos a força do Homem lá de cima? Sempre pensei que isso jamais aconteceria comigo, mas tive uma chance a mais para viver o presente e perseguir o futuro com mais coragem e determinação”, afirma.

Quem sempre esteve ao seu lado foi Adriana – são 23 anos de união e companheirismo, o mesmo tempo de vida do filho único, Anderson. Quando fala da família, as palavras de orgulho saem naturalmente e Ademar se deixa levar pelo sorriso que aparece com sinceridade. “Os amo como nada desse mundo, porque minha esposa e meu filho são a minha base. Quando eles estão felizes, eu sou feliz”, revela. Os olhos brilham. Pede a Deus, somente, para que sejam sempre unidos.

Ademar é o quinto filho de uma família de nove irmãos – seis homens e três mulheres. Homem de pouco estudo, teve uma infância sem liberdade para aprender a ler e a escrever. Brincar? Só de vez em quando. “Às vezes, sobrava um tempinho no sábado e no domingo para jogar peca ou andar de carrinho de rolimã com os meus primos – quanto divertimento! Mas, durante a semana eu tinha que trabalhar na serraria. Trabalho sério, não importava a idade. Era nosso dever ajudar os pais no sustento da casa”, recorda. Hoje, se diverte assistindo à televisão com a família e jogando, muito de vez em quando, sinuca.

Quando criança, Ademar morou em Curitibanos, mas a adolescência foi em Atalanta, município da microrregião do Vale do Itajaí, o mesmo em que nasceu. Depois, residiu em Joinville por dez anos, mas, a cidade que o abraçou há 20 anos foi Jaraguá do Sul. “Ter vindo para cá foi obra do destino. A minha esposa é daqui e o sonho da minha sogra era que nos mudássemos para cá”, comenta. Vieram em busca de um emprego melhor e de oportunidades que os fizessem viver com mais alegria e serenidade.

Pode não se lembrar de muitas datas, mas Ademar recorda sem pestanejar do dia e mês em que foi contratado pela Proma: 27 de novembro. Faz 18 anos. “O primeiro dia de trabalho foi uma conquista. Falei com o mestre de obras do edifício Dianthus e, uma semana depois, estava trabalhando como guincheiro”, explica. Atualmente, o quinto colaborador mais antigo da construtora é operador de grua. “Foi a melhor empresa em que já trabalhei. Além de ser o meu ganha pão, eu me sinto seguro e feliz acordando todos os dias de manhã para trabalhar. A Proma é a minha segunda casa”, assegura.

Os olhos também brilham de alegria quando Ademar fala do maior sonho já realizado: a casa própria. “Batalhei com a minha esposa no dia a dia e hoje temos um lar para chamar de nosso. Também conseguimos, com o nosso esforço, comprar tudo o que é necessário para viver com conforto”, garante. Agradece novamente a Deus pela vida, pela família, pelo emprego e por todas as conquistas.

 

 

 


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