O sonho de Oscar Knauth é se aposentar com saúde e trabalhar até quando puder. Disposição não falta, nem capricho, muito menos determinação. Teve que aprender desde pequeno que só se consegue aquilo que se conquista – com trabalho. Com fé. E com a ajuda de quem lhe quer bem.
É o caçula de 12 filhos – quis a vida que o pai fosse para junto de Deus quando tinha apenas três meses. O irmão José, que também já não está entre nós, foi a figura paterna. “Durante toda a minha infância e juventude ele me criou como filho – até eu casar. Assim que eu ganhei idade para trabalhar, ele me deu um pedacinho de terra para cuidar. Em troca dava roupa, calçado e um dinheirinho”, relembra.
É nesse momento que as lembranças de uma infância difícil, mas feliz, ficam vivas no olhar – e no sorriso. Fala com carinho da irmã mais velha, Geni, que tem 85 anos, de Pedro e de Álvaro, que costumava cantar ao redor do fogão à lenha enquanto a mãe cozinhava – o prato preferido era, e continua sendo, galinha caipira com aipim ou polenta. Aliás, é quando toca no nome de Alfredina, a mãe, que as palavras ficam cheias de emoção. “Ela me criou e me cuidou até eu poder cuidar dela. Foi assim até o fim e eu carrego esse orgulho comigo”, conta.
Desse tempo também se recorda dos jogos de bola e de peca – a diversão ficava para os recreios na escola ou aos domingos, quando a “piazada” da rua se reunia. Os irmãos, todos crescidos, precisavam dedicar tempo ao trabalho e já não mais brincavam com Oscar. Ele, inclusive, também precisava ajudar na plantação de milho, arroz e feijão. É por essa razão que os estudos ficaram restritos ao 4º ano do primário. “Na minha cidade era o que tinha e a família não tinha condições de me deixar estudar fora”, explica.
Oscar nasceu na pequena cidade de Laranjeiras do Sul, no Paraná. Em 1999, chegou a Jaraguá do Sul com a esposa Helena e os filhos Rosane e Claudemilson – veio com a esperança de um emprego melhor, com menos sofrimento.
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