Pontos de tomada: a importância do planejamento

Em obras, um passo muito importante e muitas vezes deixado de lado é o planejamento elétrico.

Pensar na localização das tomadas conforme a rotina dos moradores pode facilitar o dia a dia, garantir que não faltem entradas elétricas para eletrodomésticos ou até evitar o inconveniente de ter que sentar no chão para carregar o celular.

Além da funcionalidade, o planejamento prévio também considera o estilo de decoração.

“A estética e a segurança dos ambientes são favorecidas pelo fato de não serem usadas extensões ou adaptadores para o acesso aos pontos de tomadas. Essa condição evita a poluição visual, provocada por muitos fios expostos, permitindo que o design do ambiente se mantenha limpo e harmonioso”, diz Patrícia Peter Furtado, arquiteta e urbanista especialista em design de interiores.

Em relação à segurança, alguns dos cuidados a serem tomados são:

  • o uso de disjuntores e disjuntores diferenciais residuais, que interrompem o circuito em caso de fuga de corrente elétrica, prevenindo curtos e choques.
  • circuitos separados e dedicados a equipamentos de alto consumo.
  • fiação com dimensionamento correto.
  • aterramento adequado das tomadas para desviar correntes elétricas em fuga, que podem se acumular em equipamentos metálicos, por exemplo, e dar choques e danificar aparelhos.

Para o planejamento, o responsável pela obra deve considerar a quantidade de eletrônicos usados no cômodo, a posição dos móveis e a potência dos equipamentos.

“Se tem um equipamento com uma potência muito alta, não é só a tomada que precisa mexer, mas também o fio dela. É necessário pensar na bitola do cabo elétrico para evitar problemas. Outra questão é a amperagem, ou seja, quantos amperes precisa para aquela tomada. Quando ela tem 20 amperes, o tamanho do buraco da tomada precisa mudar, e o disjuntor também”, explica a arquiteta Cristiane Schiavoni.

Ao considerar o estilo de vida do usuário e quem, de fato, for utilizar aquele ambiente, o projeto personalizado de tomadas define a localização dos pontos em locais acessíveis e adequados, como próximo a áreas de trabalho, em bancadas de cozinha ou espaços de entretenimento, facilitando o uso de forma mais prática.

Rotina dos moradores

Uma dica é pensar na rotina dos moradores da casa e quais locais seriam interessantes para adicionar uma tomada a fim de carregar o celular no sofá, por exemplo.

“Algumas tomadas que normalmente as pessoas não pensam em ter são aquelas do lado da mesa de cabeceira, não só para o abajur, mas atrás dela, que fica super difícil de acessar. Então por que não colocar uma tomada em cima do móvel para carregar o celular?”, sugere Cristiane.

O planejamento tem que estar alinhado com o projeto de interiores, já a distribuição do layout e dos mobiliários impactam diretamente o posicionamento das tomadas e evitam que fiquem pontos escondidos atrás de móveis ou em locais de difícil acesso.

Essa etapa também é o momento de definir as alturas dos pontos, que impactam na funcionalidade e ergonomia do uso.

E aí: faltou alguma tomada no seu lar?

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Fonte: Casa e Jardim


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