Ao contrário do que muitos imaginam, o gengibre não é uma raiz, mas sim um rizoma (um tubérculo como a batata) com caules retorcidos. Rico em propriedades medicinais, ele é utilizado há mais de três mil anos como remédio para diversos males. “O gengibre é fonte de vitamina B6, cobre, magnésio e potássio. Por ser antioxidante, aumenta a imunidade, previne o câncer e ainda embeleza a pele e o cabelo”, afirma a nutróloga Cristiane Coelho. Uma pesquisa do Instituto Hormel, da Universidade de Minnesota (EUA), concluiu que o gingerol – composto que dá sabor picante ao gengibre – retarda o crescimento de tumores no intestino. Essa planta de origem asiática também é antisséptica. Não à toa, é a estrela da culinária japonesa: “Ela é usada para neutralizar o paladar entre dois pratos”, explica Cristiane.
Receita de vovó
Chá de gengibre é um ótimo descongestionante quando se está gripado. “Combate as doenças das vias respiratórias e da garganta por seu efeito antisséptico e anti-inflamatório”, diz a nutróloga. É por isso que quem usa a voz para trabalhar, como os professores, costuma consumir balas e xaropes de gengibre. Mas os poderes vão além: uma substância chamada cineol (usada em fórmulas fitoterápicas) facilita a digestão e dá fim às náuseas, pois ativa a produção da secreção gástrica.
Agente detox
Acrescente uma colher (chá) de gengibre ralado em suas refeições diárias e note o número do seu manequim diminuir! “Ele é um alimento termogênico, ou seja, aumenta a temperatura do corpo, mantém o metabolismo acelerado e eleva a queima de gordura”, garante Cristiane. Mais: como é rico em antioxidantes, combate os radicais livres e deixa a pele livre de rugas. “Para potencializar o efeito desintoxicante, consuma com alho e cebola.”
Use com moderação
O consumo do gengibre tem contraindicação para quem é hipertenso ou tem problemas estomacais, como gastrite e úlcera. “Consulte sempre o seu médico, mesmo que não haja estudos conclusivos sobre o mal que sua acidez pode causar”, avisa a especialista.
Do bom e do melhor
Na hora da compra, escolha um gengibre com a pele lisinha – assim você tem a certeza de que ele não está fibroso. Descarte os pedaços enrugados, sem cor e com as pontas mofadas: quando começam a envelhecer, ficam com o gosto mais forte e ardido. Guardado na parte de baixo da geladeira, dentro de um saquinho de papel (como o de pão), o gengibre permanece fresco por várias semanas.
Fonte: Marjorie Zoppei – Site M de Mulher