Brasil fica em 35º em ranking sobre a saúde dos oceanos

O que é um oceano saudável? Um estudo divulgado em agosto pela Conservação Internacional e publicado na revista Nature procura responder essa pergunta. O “Índice de Saúde do Oceano” avalia a qualidade das áreas costeiras de 171 países, ilhas e territórios.

O Brasil aparece em 35º no ranking de qualidade do mar, com nota 62 de um total de 100. O resultado não é tão ruim quanto parece: está acima da média mundial e próximo de outros países desenvolvidos, como Estados Unidos ou França. Além disso, os melhores resultados foram obtidos por ilhas inabitadas, como as Ilhas Jarvis. A exceção é a Alemanha, que teve nota 73, a melhor entre países desenvolvidos.

 O índice avalia a saúde dos oceanos em dez itens, que vão desde oportunidades para a pesca artesanal até a situação da biodiversidade marinha. Dos dez itens, o Brasil ficou abaixo da média em quatro: produtos naturais marinhos, subsistência & economias, águas limpas e turismo & recreação. “Não é uma nota terrível, mas mostra a realidade”, diz a pesquisadora Cristiane Elfes, coautora do estudo, responsável pelos números brasileiros.

“O Brasil está bem em alguns pontos de proteção costeira, mas o índice talvez não esteja capturando um declínio recente na biodiversidade”, diz Cristiane. Segundo ela, um dos pontos que o país precisaria melhorar é a maricultura, a criação de peixes e animais marinhos. “Não estamos explorando a maricultura de forma sustentável”.

Também chama a atenção a nota que o Brasil teve em Turismo & Recreação. O país ficou com zero, possivelmente por falta de informações de qualidade sobre o atual estado do setor.

Cristiane ressalta dois pontos positivos nesta nova metodologia. Primeiro, o estudo considera o ser humano como parte do ecossistema marinho. “O homem é parte do ecossistema. Ele pode melhorar ou piorar a situação dos oceanos”. O outro ponto é que a metodologia pode ser aplicada ano após ano. Assim, é possível saber em que áreas estamos melhorando e como agir para evitar a degradação dos oceanos.

Fonte: Revista Época


Deixe um comentário