Elas ajudam a compor um ambiente e, ao mesmo tempo, mostram o tipo de design feito no passado – tudo isso sem deixar a residência com ares obsoletos ou com pouca funcionalidade. As peças vintage se tornaram uma tendência entre os decoradores por serem únicas e ajudarem a contar as histórias dos próprios objetos e também as dos moradores. “É muito comum que as pessoas recebam peças decorativas como herança de família. Esses itens são muito significativos para elas, uma vez que remetem ao passado, a épocas boas”, conta a designer de interiores Betina Barcellos. “E elas ajudam a deixar o ambiente melhor, sem aquela cara de show room de imobiliária”, brinca.
Normalmente, as peças mais usadas são móveis e esculturas, encontradas facilmente em antiquários. Mas também é possível compor uma decoração com fotos antigas, sofás, poltronas, relógios, molduras, ou até mesmo adquirir produtos novos, principalmente na linha de eletrodomésticos, lançados especificamente para retomar o design de antigamente.
Para Betina, o ideal é escolher uma década específica e montar o ambiente de acordo com o que foi decidido. “Com um fio condutor específico, fica mais fácil de montar a decoração sem destoar do restante da residência”, comenta. Outra opção, de acordo com a designer, é dar novas funções às peças. “Pode-se usar uma cômoda que sempre esteve em um quarto e colocá-la na sala, por exemplo. Isso dá uma cara diferente para os objetos”.
A restauração também é possível. Betina comenta que é comum encontrar peças já desgastadas e reformá-las de acordo com o que pede a composição. “Para quem não é muito conservador, acho que essa é uma boa saída. Eu geralmente gosto de colocar tecidos dentro dos móveis, deixando-os mais modernos, mas mantendo o aspecto antigo”. No entanto, ela ressalta que é preciso ficar atento ao material vendido pelas lojas de antiguidades. “Se você adquirir peças com cupins ou aquelas muito destruídas, não tem muito o que fazer”.
Fonte: PRIMAPAGINA, especial para o Terra