Se você está idealizando a decoração da sua casa, fique atento a essas dicas sobre tapetes, pois são eles que valorizam os ambientes, além de trazer aconchego e conforto. Você sabe qual o modelo ideal para cada ambiente?
Quais tipos e as fibras que devem ser usadas em cada espaço? Se a resposta for “não”, acomode-se e confira as dicas que preparamos para você.
Como usar e qual tipo escolher
Inicialmente, saiba que os tapetes são os últimos itens que devem ser escolhidos. “O tapete delimita um ambiente, é o verdadeiro arremate de um espaço”, diz Monica Novaes, gerente de produtos da By Kamy, com um know-how de 25 anos no segmento.
O material do tapete também reforça o conforto acústico do espaço e o conforto térmico do piso e, visualmente traz outros efeitos. Em tom claro, pode contribuir para a sensação de amplitude. Com estampas geométricas ou listras, estimula um interessante movimento visual, que tira a monotonia da área.
Já os carpetes não são mais vilões, como eram em décadas anteriores. As tecnologias evoluíram para modelos mais saudáveis. “A instalação é prática e limpa. O mais importante, na escolha, é optar por um modelo de náilon, com filamentos contínuos, que não soltam pelo. Ele é antialérgico e fácil de limpar”, aconselha Beatriz Lettiére, designer e diretora de marketing da Avanti Tapetes.
Embora não exista moda para esses itens, de tempos em tempos, há os que fazem mais sucesso e movimentam o mercado. Ultimamente, a vez é dos modelos de estilo contemporâneo, de acordo com Marion Vajda, que dirige a Seculo Tapetes e tem 40 anos de experiência.
“Peças originárias do Nepal, da Índia e do Paquistão, com desenhos orgânicos ou abstratos estão em alta. Os kilims nunca saem de cena. Além deles, tenho visto os clientes optarem cada vez mais por tapetes coloridos”, afirma.
Caso você não se sinta confortável para eleger o tipo que mais lhe agrada, vale considerar uma recomendação: leve a peça para casa, teste e confie em uma consultoria experiente na hora de fechar negócio. Afinal, sentir o chão macio com os pés descalços é realmente uma alegria necessária.
Os tipos de tapetes
As classificações, amarrações e técnicas de produção são tantas, que chega a ser difícil enquadrar os tapetes de forma geral. Listamos os principais à venda no país.
1. Carpete | Reveste totalmente o piso e tem altura bem pequena, entre 2 mm e 10 mm. Os preços variam de acordo com a tecnologia, os padrões e as espessuras – a novidade são as peças modulares.
2. Dhurie | De algodão cru, é ideal para áreas internas e pode incluir cores na composição. Tem toque seco e duro, trama bem apertada e é bem baixo.
3. Vinil | É uma peça resistente a alto tráfego e a intempéries. Tem toque de plástico e sua trama imita o sisal. Pode ser desenhado, com padrões geométricos, e a quantidade de cores acaba influenciando no preço.
4. Tear nacional | A maioria dos tapetes desse tipo vem de Minas Gerais. São simples, de lã ou algodão, e alguns têm tramas de aspecto artesanal.
5. Náilon | Faz sucesso pela praticidade e fácil manutenção. Há outras vantagens: ele não encolhe, não desbota, pode ser usado como carpete e atende a medidas específicas.
6. Pele | Há o que reproduz a forma do animal e deve ser de um matadouro certificado. O tapete de pele convencional pode ser de couro bovino ou sintético e feito de retalhos costurados.
7. Rústico | Feito de fibras naturais, como sisal, seagrass ou mountain grass, tem toque mais áspero. É ideal para áreas de grande tráfego (secas). Pode estragar se exposto à umidade e ao tempo.
8. Shaggy (pelo alto) | É um modelo bem confortável, de pelagem alta e felpuda. Geralmente, feito de náilon ou poliéster, é muito usado em salas de TV ou home theaters.
9. Convencional | Com espessura geralmente de 10 mm, tem pelagem média, mas não é felpudo. Pode ser de lã ou de seda – um exemplo é o persa.
10. Kilim (sem pelo) | Feito de lã ou seda, é colorido, mais acessível, e indicado para áreas internas. Os de fibra de garrafa pet podem ficar em ambientes externos.
11. Aubusson | Hoje são raros os produzidos com a técnica original francesa. Se um fio se soltar, a peça fica comprometida. Trazem tons pastel, medalhão central e flores.
Espessura ideal do tapete
É preciso pensar na quantidade de pessoas que circulam pelo ambiente antes de escolher um tapete mais fino ou um mais felpudo. As espessuras variam muito. Os de 5 mm não têm pelos – a própria trama é o desenho, como é o caso dos kilims, dos Dhuries e dos Aubussons.
Já os de 10 mm são os mais usados. Entre os de 25 mm a 50 mm estão os de pelo alto, que podem ser de pele, náilon ou poliéster. Por fim, os de 70 mm são os famosos tapetes Shaggy, de pelo mais alto, feitos de náilon ou poliéster.
Para uma sala de jantar, por exemplo, é preciso que a peça seja de fácil manutenção, isto é, tenha pelos curtos, de no máximo 8 mm de altura. “Náilon, algodão e lã são bons materiais para o espaço”, indica Marion Vajda.
No quarto, onde menos pessoas circulam, é possível ousar mais. “O aconchego e o toque sedoso do náilon tratado (o silk), da lã, do kilim ou da pele de carneiro são ótimos”.
Para home theater ou sala de TV, os felpudos Shaggy ou peles de carneiro, ou ainda os de náilon 30 mm ou 40 mm são confortáveis para deitar com a família no chão. Em áreas de estar, vale pensar novamente em alta circulação.
Há muitas possibilidades de uso, e tudo vai depender do estilo da decoração. Esteja preparado para a manutenção da peça e ouse. Você pode até sobrepor modelos diferentes, ou fazer uma composição de peças que dialoguem entre si (em cor, formato ou estilo).
Manutenção adequada
Cuidado redobrado nessa parte. Os especialistas não recomendam fazer a limpeza em casa. Mas, uma manutenção básica pode. “Primeiro, é preciso verificar a etiqueta, para saber como o tapete pode ser limpo. Todos os modelos podem ser aspirados, duas vezes por semana, mas somente alguns podem ser lavados em casa”, diz Ana Paula Barcena, da Natureza e Limpeza, empresa que faz lavagem de tapetes e carpetes sem produtos químicos. Se cair líquido, absorva-o com papel, caso não tenha manchado.
Para os de fibra sintética, ela dá uma receitinha: dilua meia tampa de detergente natural, sem química, em cinco litros de água. Passe com uma vassoura de cerdas macias sobre o tapete e aspire a umidade que restar.
Pronto, a limpeza superficial está feita. Uma vez por ano, mande-o para uma lavanderia especializada, que fará a lavagem a seco, se você quiser que a peça tenha boa durabilidade e pareça sempre nova.
Medidas dos tapetes de acordo com o ambiente
Seguir as proporções do espaço é a regra geral, mas há outras a se levar em consideração. “Se o tapete for liso, os móveis podem ficar sobre ele. Se tiver desenhos, eles devem ser vistos como uma obra de arte”, diz Amir Shahrouzi, da Botteh Handmade Rugs.
A dica é reforçada por Daniel Al Makul, sócio-diretor da Vitrine e da Casa Fortaleza: “Tapetes são quadros deitados e proporcionam uma experiência visual. Listrados no sentido vertical, criam uma sensação de infinito. Florais ou com arabescos devem ficar em destaque”, aponta.
Sala de Jantar
A regra geral é que haja uma sobra de tapete para arrastar as cadeiras para fora da mesa, Essa sobra deve ser de, no mínimo, 70 cm a 1 m além da mesa. “Se houver um barrado bonito, melhor dar ainda mais espaço ao redor da mesa, a fim de que o tapete seja visto”, explica Monica Novaes, da By Kamy.
Quarto
O tapete deve partir da metade da cama em direção aos pés. A ideia é que, ao acordar, a pessoa não pise descalço diretamente no piso. Por isso, ele pode ser mais felpudo e macio. Outra opção é sobrepor o carpete com um modelo mais pesado – isso facilita a limpeza, já que a peça pode ser retirada e lavada.
Living
O tapete pode cobrir toda a área, ou parte dela, caso o piso seja bonito. Nessa condição, a peça tem a função de integrar os móveis. Começa a ser disposta a partir da metade do sofá e chega até a metade da estante ou das poltronas.
O conselho de Monica Novaes é experimentar. “É o melhor jeito de acertar. Vale fazer testes com o restante da decoração, porque há variáveis. Até a tonalidade muda, dependendo da incidência de luz que há no espaço.”
Lavabo
Sim, ele merece um tapete bonito e de fácil manutenção. Muitos modelos podem compor esse espaço. Em geral, peças de secagem rápida são as mais apropriadas. Quanto aos tamanhos, variam de acordo com o espaço do lavabo, mas costumam seguir a parte frontal da bancada.
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Fonte: Revista Casa e Jardim